Neste sábado, compareci a palestra ’’Os desafios do
Jornalismo Esportivo’’, ministrada por Alexandre Praetzel na sede da ‘’minha
casa’’, – digo isso, pois, foi assim que me receberam no Sindicato dos
Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, localizado no centro de São
Paulo.
Acredito que a grande maioria que compareceu estava em
busca de possíveis respostas de como entrar ou voltar ao mercado esportivo em
plena crise econômica. Para minha surpresa, a maioria dos jornalistas ali
presentes não eram estudantes ou recém-formados como eu – claro que tinha meia
dúzia de focas, mas posso dizer que 60% eram profissionais com boa bagagem
profissional, mas que mesmo assim, estão tentando, logo concluo que se caras
assim não desistem, não sou eu com 22 anos que desistirei de um sonho.
Graduação e Pós
’’Hoje a graduação serve apenas como vivência de
cidadão e não como profissional. As universidades estão longe da realidade,
além de serem preconceituosas com o jornalismo esportivo’’, disse Praetzel.
Ainda segundo ele, as grades curriculares precisariam ser setorizadas e terem
no máximo sete disciplinas.
Mercado de trabalho
É claro que ao se formar todo profissional sonha em
trabalhar na editoria que ele tem mais admiração. Mas, Praetzel ressalta que
nem sempre isso será possível, mas que de certa forma uma oportunidade qualquer
pode ser um passo importante para que as empresas vejam que você não está
sumido ou fora do mercado. ’’Só não trabalhe de graça. Isso é péssimo para o
mercado de trabalho’’.
Para Praetzel o problema não está com o profissional. É
pura incompetência de gestão. ’’É mais fácil cortar do que pensar em solução.
Os gestores estão mais preocupados com números e balanços do que por conteúdo e
informação. Se tirarem do rádio, por exemplo, a grade esportiva, as
emissoras facilmente quebram’’. Segundo ele, o faturamento de esporte em uma
rádio gira em torno de 70 a 75% do seu faturamento total.
Ex-atletas como atuantes na mídia jornalística
Muitos jornalistas enxergam isso como um grande
problema. É aquela sensação: bom ele está lá e eu estou fora.
Esse espaço na mídia surgiu há 34 anos, quando o
goleiro Leão não foi convocado para Copa do Mundo de 1982 realizada na
Espanha. Luciano do Valle trabalhava na
Rede Globo e resolveu convidar Leão para completar o time da transmissão. Muitos
dizem que ele mandou bem e que a partir daí tudo começou. Segundo Praetzel é
fundamental ter um ex-jogador e um jornalista ao lado, pois há espaço para as
duas visões.
Bom, eu não concordo com essa ideologia, na minha opinião a
classe jornalística perde espaço, mas e você?
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